segunda-feira, 16 de novembro de 2009

medo de morrer

Amora; face a iminente cirurgia com anestesia geral a que serei submetida, deixo em blog o meu informal testamento:

1) o apartamento que supostamanete é meu, mas nem sequer está está no meu nome, deixo para meu filho João Ruy;

2) meu carro velho deixo para o pedro, tal como todos os meus objectos de decoração;

3) meus livros, fotos e discos ficam para o João Ruy (quem sabe ele irá no futuro se lembrar da mãe);

4) os dinheiros que tenho no banco ficam para a minha mãe vir para lisboa tratar do funeral;

5) minhas roupas e acessórios velhos e baratos devem ir para o lixo;

6) meus órgãos (aqueles que ainda possam servir), devem ser doados;

7) e a minha velha carcaça, porfavor, cremem-na.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

xoxota peluda = cérebro funcional?

Fernanda Young - edição de Novembro da revista Playboy. Polêmica a cerca de uma xoxota com pêlos
Amora; Vc já reparou que toda mulher de respeito (rá rá rá), quando sai na Playboy, aparece de xoxota peludinha?
Duas coisas:
1) Eu não acho que toda mulher tem que se depilar toda e ficar que nem menininha... faz isso quem gosta e quer. Acho bonito xoxota peluda bem tratada :)
2) Mas pq toda pseudo intelectual que posa nua é assim? Só baranga faz *depilação cavada*?

o diabo veste saias


E é tão mais fácil responsabilizar a mulher...
A mulher é o mal personificado...
A humanidade peca por ter tido más MÃES...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

sentimento mulherzinha

Ando me interessando por assuntos relativos ao movimento feminista.
Famoso "Women Liberation Front"
Ando com este interesse porque ando caindo na real...
Tenho tido muito medo, tenho me anulado.
Não sou apologista do feminismo puro e duro, mas é favor não nos descuidarmos do *respeito por si mesma* - *auto-confiança* - *amor próprio*
Não me posso esquecer de mim.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

corpo sano

25 anos depois, lá estava eu em cima dos mesmos patins da minha infância...
Os mesmos não! Muito melhores... brancos, cano alto - iguaizinhos aos da Olívia Newton John!

deixe-me, preciso andar...

ando noiada...
pensando mil coisas que não se concretizam na minha cabeça.
tenho a impressão de que só escrevendo é que as idéias se organizam...
escrevo, guardo, escondo...
volto a ler, edito e guardo de novo.

ando com saudades minhas.
saudades do tempo em que eu era só eu.
hoje eu sou tantas pessoas...

chego a conclusão de que apesar de ser muitas, é crucial que o euzinha lá do fundo predomine.

ando tão perdida...

nem sei onde o euzinha lá do fundo anda...
faz tempo que eu não falo com ele... com o euzinha lá do fundo...

saudades da minha amora - minha parceira de existencialismo neurótico...

tenho que escrever... não consigo parar! o teclado tem sido a minha droga...

se alguém por mim perguntar, diga que eu só voltar, quando eu me encontrar





quarta-feira, 4 de novembro de 2009

prioridades e escolhas...

E será que o meu retorno de saturno veio retardado?

Amóóóóra!

Num momento de reflexão pré menstrual (quem menstrua sabe do que falo), andei teorizando sobre o que eu andei fazendo da minha vida até agora...

A conclusão que cheguei é algo assustador. Concluí que tudo o que fiz até hoje foi tentar construir para mim uma vida totalmente diferente da vida dos meus pais.

Até determinada idade, segui minhas preferências naturais e genuinamente próprias... saí de casa aos 18 anos com o único objetivo de me divertir(a faculdade em outra cidade foi uma excelente desculpa), fiz o curso universitário que escolhi (e que até hoje não me imagino a fazer outra coisa, apesar de todos os desgostos com a profissão), namorei, cohabitei, emigrei...

Um dia, me ví naquelas situações bifurcadas... ou vou por alí ou sigo por aqui... cada uma das escolhas me traria destinos rigorosamente distintos. Escolhi ser diferente dos meus pais... decidi optar por um emprego estável, tanto do ponto de vista remuneratório quanto do mentalmente evolutivo. Queria estabilidade, segurança, previsibilidade. Escolhi construir uma família coesa.

Toda a minha energia dos últimos anos tem sido empregue no sucesso deste objectivo.

Nem tudo tem dado certo... o emprego lá está, mas a família coesa ruiu.

Vou na segunda tentativa - trabalho na solidificação de uma segunda família, já não tão tradicional como a sonhada, uma vez que conta com um filho da primeira tentativa. Sigo assim priorizando o "ser a três"... com todo o amor que possuo dentro mim.

Me pergunto se em determinado ponto, o objectivo de traçar um destino diferente dos meus pais não me afastou daquilo que sou...

Jung define os seres como o SI (aquilo que somos), o EGO (aquilo que gostaríamos de ser), a PERSONA (aquilo que trasmitimos aos outros, aquilo que parecemos), e a SOMBRA (aquilo que negamos e tentamos esconder de nós mesmos). Ando baralhada, sem saber direito onde começa aquilo que sou, onde termina aquilo que eu gostaria de ser, o que de facto os outros pensam que sou e até que ponto poderei fugir daquilo que não gostaria de ser...

Ando com medo de ter corrido tanto na direcção oposta daquilo que temia, que acabei dando a volta no globo e parando exactamente no ponto de que fugia... e nesta correria irracional, acabei esquecendo de me construir...

O que fica nisto tudo é uma grande capacidade de amar: amar o meu companheiro, amar o meu filho, amar esta unidade concreta que andamos a construir. O que falta é não perder o rumo de mim mesma no meio disto tudo.