segunda-feira, 28 de julho de 2008

A CIDADE MINADA

Para já... a classificação dos cocós de cachorro que se encontra pela cidade de Lisboa publicada no blog - moribundo - "A Cidadã Normal". Blog este, que está moribundo porque a tal cidadã deve ter percebido que não é normal... Graças a DEUS!)
Ass: Amora

Caminhar pelas ruas de Lisboa pode ser algo muito perigoso. Mesmo sendo uma capital europeia, o perigo pode estar ao dobrar da esquina... quem anda a pé pela cidade sabe...

Dentre os diversos perigos, trataremos aqui dos vulgares cocós, que encontramos em todo lado. Não importa em que freguesia você viva, eles estão lá! Espalhados pelos passeios da cidade, do Restelo à Marvila. Após exaustiva pesquisa de campo, verifiquei que os cocós são depositados na via pública sem qualquer cerimónia, os cãezinhos são propositadamente postos nos arredores de suas casas para fazerem nas ruas aquilo que seus proprietários não gostariam que eles fizessem em casa.

Na referida exaustiva pesquisa, classifiquei os cocós em 4 categorias:

a) Cocó coluna; é um tipo raro e dos menos perigosos. O cocó coluna é aquele que permanece em sua posição original: vertical. Ele é um tipo raro, pois não é fácil conseguir que o bolo fecal não tombe após a conclusão de seu depósito, isto implica em que o cocó tenha um diâmetro razoável para que consiga alguma estabilidade e que seja depositado de uma só vez, sem interrupções. Esta categoria é das menos perigosas porque chama a atenção dos transeuntes evitando maiores danos.
b) Cocó montanha; dos mais comuns, o cocó montanha é produzido por cães de médio e grande porte e geralmente é depositado pela manhã, após um grande período de armazenamento de substância fecal. O cocó montanha é o mais perigoso, pois geralmente é cremoso e face a sua grande dimensão, este tipo de cocó causa grandes estragos nos sapatos de suas vítimas e nos passeios donde ficam impressos.
c) Cocó tapete; o cocó tapete é uma variação dos cocós coluna e montanha. Este cocó é originalmente um dos tipos acima referidos após ter alcançado o seu objectivo de ter sido pisado por alguém. No entanto, este cocó continua a promover perigo pois, face a sua grande extensão territorial ele é facilmente pisoteado por outras vítimas, que vão aumentando sua mancha de degradação e podem até conurbar-se com outros cocós das proximidades.
d) Cocó seco; também uma variação dos dois primeiros tipos e o menos perigoso de todos os cocós. O cocó seco é aquele que sobreviveu a intensos pisoteios e às intempéries, permanecendo intocado num passeio perto de si. Este cocó não oferece muito perigo, uma vez que já seco, não consegue se entranhar nas ranhuras dos sapatos de suas vítimas.

Em minha exaustiva pesquisa de campo, fiquei com uma dúvida . Será que os proprietários dos cães que depositam seus cocós na via pública nunca tiveram a infelicidade de pisar no cocó de um outro cão ou do seu próprio? Será que não se importam? Neste caso, ponho uma outra questão. Porque então eles não fazem com que seus cães depositem seus cocós no interior de seus ricos lares?

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